O desempregado

Tenho ouvido cada vez mais que este país está cheio de desempregados, eu mesmo tenho algumas pessoas próximas que se encontram nesta situação. E por estar tão perto deste problema, não consigo ficar insensível a esta problemática.

Vou então por começar por expor algo que me apoquenta à já algum tempo. Que é o porquê de tanto se queixarem os desempregados??? Todos os empregados que eu conheço, ou quase todos, ao olharem para a malta jovem dizem, “É pá, tu é que tens vida puto, que saudades que eu tenho desse tempo, um gajo não fazia nada, era só copos e noitadas”, o patrão ao ouvir as necessidades do empregado pensa para si mesmo, “Sou mesmo cruel, está aqui este homem a tentar gozar a vida e eu a amarrá-lo ao escritório, vou fazer a minha boa acção do dia e vou despedi-lo. A minha Maria vai ficar tão orgulhosa de mim!”.

E depois, para espanto geral, o empregado fica aborrecido, diz-se traído. E faz por criar mau ambiente no escritório, não há direito. E depois admiram-se que os patronos vão contratar romenos e ucranianos No fundo um (des)empregado português é como uma criança mimada, só quer aquilo que não tem!!! Querem copos, e boa vida, e pronto, com algum sacrifício um indivíduo faz-lhes a vontade. Tem copos e boa vida, e querem trabalhar. Assim não dá! É quase como à história do menino Jesus, ou está estendido, ou está deitado, ou está deitado ou está estendido, ou seja, também ele não está satisfeito com nada!

Espero com isto ter mostrado o lado da classe empregadora, mostrar que também eles são sensíveis. E esclarecer que aqui não existe nenhum lobo mau nem nenhum capuchinho vermelho, existem sim, pessoas com ideias e perspectivas diferentes!

Um qualquer Zé