O Sítio do Zé

Monday, August 30, 2004

Regresso d'A Pop Zé

É só pra avisar aos meus fieis leitores que estou de volta à actividade, depois de umas merecidas férias.

Ver se escrevo alguma coisa..

A Pop Zé

Sunday, August 29, 2004

Motoristas de táxi - Post Cívico

Para muitos pode parecer estranho este assunto aqui no sítio do Zé, com tantas coisas de interesse a acontecerem no nosso querido país, como por exemplo a entrada ou não do barco do “amor” nas nossas águas, e eu a falar de motoristas.
Mas a verdade é que eu, como muitos Zés por este país fora, tenho tido ao longo da minha vida alguns problemas com motoristas de táxi.

Antes de mais quero dizer que, apesar de tudo o que possa ser dito aqui, tem só a ver com a minha experiência e nada mais, são apenas casos particulares, e não podem ser generalizados para não correr o risco de emporcalhar o bom-nome desta classe, conseguido com anos de bom serviço e simpatia.

Falando da minha experiência, que vai desde facadas no meio de uma movimentada Avenida Lisboeta, roubos a cenas de pancadaria, até pareço taxista, uma vez que eles se queixam sempre deste tipo de situações. Mas a verdade é que não sou.

E falando de experiências com táxistas não poderia não falar desta tão engraçada. estava eu parado num semáforo quando de repente olho para o lado e vejo um taxista, com os clientes dentro da viatura, sair do carro e ir de encontro a outro taxista, que por sua vez também tinha na sua viatura duas senhoras. Confesso que fiquei curioso, como bom português gosto sempre destas situações, mas os meios queixos caíram quando, um deles tira uma faca e a introduz na perna do camarada de profissão!!! É verdade, acreditem, as pessoas dentro dos táxis estavam brancas, e o pior é que não acabou por aqui, o outro taxista foi a coxear até ao seu carro onde retira um ferro e dá uma bordoada com o mesmo nos rins do parceiro. A confusão continuou, mas como os sinais não ficam fechados para sempre tive que seguir o meu rumo. Engraçado não foi, barrigadas de riso!!!

Outra situação que demonstra a qualidade do serviço por estes senhores prestados, tem a ver com uma cena de pancadaria que se gerou quando um qualquer Zé amigo se sentiu mal, como havia uma praça de táxis ali ao pé não senti a necessidade de chamar uma ambulância, e fomos apanhar um táxi. Até aqui tudo bem, explicámos a situação, educadamente, e eis quando o senhor taxista começa aos berros a dizer que não era nenhuma ambulância, que nós fossemos para um certo sítio, além da linguagem ser de todo inadequada, também era o tom de voz, posto isto, começou uma “pequena” discussão e, ás pás das tantas, dou por mim ás 5 da tarde agarrado ao braço do senhor taxista que ostentava um calhau da calçada!!! Incrédulos, pois também eu fiquei.

Pois é, cabe-me dizer também, ou a minha consciência não ficaria tranquila, que já apanhei taxistas bastante competentes, o que me preocupa é estes terem sido uma minoria!!!

Bem, mas nem tudo são adversidades, graças a estes caricatos episódios já poderia ir a um saudoso programa da nossa tão boa televisão, “A minha vida dava um filme”, quem não se lembra, só as pessoas ocupadas com certeza. Ai que saudades que eu tenho da televisão de qualidade…Mas isso fica para outro post

Saudações cívicas

Um qualquer Zé

Tuesday, August 17, 2004

Metro quê???

Estava eu no outro dia entretido a ler uma qualquer revista, quando de repente me deparo com um artigo no mínimo surpreendente. Era um artigo que vendia a ideia que os homens além de homossexuais, heterossexuais, bissexuais, etc., podem ainda ser metrossexuais.

A minha primeira reacção, foi que estivessem a falar de personagens com algum género de fetiche com estações de metro. Mas ao ver a fotografia do David Beckam achei no mínimo improvável que assim fosse.

Mais surpreendido fiquei quando, enchendo-me de paciência e curiosidade resolvi ler o artigo. Então não é que metrossexual é, resumindo, uma espécie de “bicha” que gosta de mulheres, uma vez que tem todos os tiques de mulher, tais como, usar cremes para todas as partes do corpo, vão ao cabeleireiro, em vez do barbeiro, arranjam as unhas, depilam os pelos, e mais um cem número de hábitos que foram sendo, ao longo de vários anos, naturalmente associados ás mulheres. E no fim dizem eles que gostam de mulheres, já estou a ver o vazio numa família cujo o marido é metrossexual, ninguém quer ou sabe guiar, ninguém quer ter o comando da TV nas mãos, fazem guerra para ver as telenovelas, a única bebida alcoólica da casa é o Baileys, uma vergonha.

Mas os meus queixos caíram definitivamente no chão ao saber que uma das principais características do metrossexual era, o cavalheirismo, e a educação.
Ou seja, hoje em dia para não ser associado a esta identidade sexual devo comer com as mão e com a boca escancarada, ou então, ao entrar uma grávida de 7 meses com dois filhos ao colo num autocarro cheio, devo, manter-me sentado enquanto assisto confortavelmente ao maravilhoso equilíbrio da senhora mãe para não se estatelar com as crianças no chão.

Concluindo, o cavalheirismo está mesmo em desuso, então não é que surge nos dias de hoje directamente associado a um movimento, quanto a mim tão bizarro como o reino de Deus ou mesmo o Santanismo, que é a metrossexualidade.

Enfim, é cada vez mais difícil ser pai neste mundo, a juntar ao flagelo das drogas e da homo…, temos agora o da metrossexualidade.

Um qualquer Zé

Sunday, August 08, 2004

Aniversário do Sítio do Zé

Hoje, domingo, dia 8 de Agosto, o Sítio do Zé faz um mês de existência.

A data foi prontamente comemorada, e os parabéns ao Zé foram cantados.

Espero que se juntem a nós na comemoração do Sítio e que continuem a visitar-nos sempre e por muitos mais meses.

Que o aniversário do Sítio do Zé, no dia 8 de Julho de 2005, seja comemorado em ainda maior e melhor estilo e com todos os nossos leitores.

Esperam-se novos posts a qualquer momento.

A todos que nos lêem, muito obrigado e continuem fieis ao Sítio do Zé.

A Pop Zé

Más Imagens

Socorro!!!

És mesmo o que me vem ao pensamento, socorro!

Eu vou contar um pequenos episódio que espelha bem a minha angústia, ou desespero mesmo. Então cá vai:

Estava eu, juntamente com um colega, no meu local de trabalho, atento e a trocar ideias, quando, do nada, senta-se uma rapariga à nossa frente, de costas para nós, (até estou arrepiado de lembrar), uma imagem simplesmente aterradora, amigos, ela apenas se inclinou um pouco para a frente e zás, salta um rabo do qual ainda hoje tenho pesadelos, para me ajudar a descrever o que vi vou citar o meu colega, “isto arrasa com qualquer sonho em volta de um traseiro feminino, acaba com qualquer fetiche de um homem que envolva um rabo de mulher, com a imagem de um rabinho sedutor.”

Pois é, ficámos os dois em choque, aquela imagem de umas calças vermelhas, bem justas, muito curtas, que não escondem um rabo, não era o início de um rego que se vê num trolha da construção civil, era 70% de uma bola de gordura e celulite com pêlos, muitos pêlos escuros, mais pêlos do que nos coiratos que se vendem na noite de St António, uma imagem deplorável a que fomos obrigados a presenciar.

Por isso, eu defendo o fim destas más imagens, eu não tenho nada contra as pessoas gordas, magras demais, feias e mal feitas, apenas acho que há coisas que não se mostram, aquelas senhoras que após terem seis filhos e até carregado dez netos, insistem em exibir calcinhas brancas, largas, mas brancas, com a sua tanga roxa, que à vista mais parece fio dental, tal não é a monstruosidade que mostram, as que desfilam nos autocarros o seus pequenos matagais das covas dos braços e para não vos falar das imagens que correm nas praias. Eu não falo das nossas amigas quengas, nem de nenhum tipo de banhistas em particular, mas sim de más imagens. Há coisas que não se mostram. Por favor, deixem-nos na ignorância para que nos restem sonhos e boas ilusões.

Um Zé Basta

Tuesday, August 03, 2004

Os banhistas - Post científico

Todos nós já fomos banhistas, nem que seja uma vez na vida. Mas seremos todos banhistas iguais? Ou cada um tem uma característica especial que nos distingue uns dos outros enquanto banhistas? A meu ver no meio está a virtude, nem 8 nem 80, os banhistas enquadram-se assim em 4 grupos distintos. Vejamos:

1º - Banhista estrangeiro – É um grupo bastante comum, principalmente nas regiões costeiras algarvias, tem com o mar, e principalmente com as ondas, uma cumplicidade especial. O que os distingue é a forma como aguardam pelas ondas, na exacta zona onde elas rebentam. Ao vê-las, dobram ligeiramente o corpo para a frente e colocam-se de costas para a mesma, estando então prontos para o embate, que ao acontecer leva-os de forma repentina e até mesmo violenta até a areia, onde ficam durante segundos, em alguns casos minutos, a recuperar e depois … voltam para dentro de agua repetindo tudo de novo, este processo constrangedor pode repetir-se durante vários minutos. Por fim não esquecer que este banhista tem, por norma, a pele em carne viva, quase em crosta devido ao excessivo contacto com o sol.

2º - Banhista de regiões interiores – Tem duas características marcantes, a 1ª, e talvez a mais marcante, é o facto de se encontrar sempre debaixo de guarda-sol, ao lado da lancheira, encontrando-se vestido(a), a forma como se banham é também peculiar, ficam sempre com a água pelos joelhos, arregaçam as saias ou calças, e banham-se como se crianças fossem, chapinhando na água. Este grupo de banhistas não domina técnica alguma de natação, e quando se aventuram, nadam no maravilhoso estilo canino. São o grupo mais difícil de encontrar, encontrando-se mesmo em vias de extinção, mas é o mais fácil de identificar, devido ás suas características tão peculiares.

3º - Banhista das zonas costeiras – É por norma um banhista confiante, domina todos os estilos da natação, exibe um bronze enegrecido, domina o futebol e o volley de praia, gosta de correr de um lado para o outro da praia, de modo a tornar-se mais visível. Frequenta a mesma todos os dias da semana, é de todos os géneros o mais fácil de encontra, uma vez que, de Junho a Setembro se encontram diariamente em quase todas a praias do país.

4º - O banhista vulgar – É um banhista que não abraça as características de nenhum dos 3 grupos anteriores na totalidade, mas sim um fragmento de cada um deles. É portanto um grupo incaracterizável, que do ponto de vista científico não tem o interesse dos 3 anteriores.

Espero ter elucidado todos os leitores, banhistas, do grupo a que pertencem. É de extrema importância preservar estas espécies, não as ostracizando no seu habitat natural, devemos então respeitar as suas identidades, criando da melhor forma possível, condições para a preservação das diversas espécies de banhistas.

Saudações cientificas,

Um qualquer Zé

Análises ao Sangue

Hoje de manhã, em jejum, fui tirar sangue.

Enquanto esperava a minha vez entra uma senhora que se dirige imediatamente a recepção.

Não gostei porque me pareceu que ela tava a esquecer o conceito de fila de espera.

A senhora virou-se para a técnica de análises clínicas e disse, com uma voz trémula e um ar nervoso:

"Bom dia. Ligaram-me ontem para vir repetir as análises ao sangue."

Ao que a técnica respondeu:

"Ah sim, é a senhora. É que queremos ter a certeza sobre um problema que encontrámos nas suas análises."

Por esta altura até eu já tava a pensar o pior. A mulher ficou completamente pálida e lá se dirigiu à cabine de tirar sangue, que fica relativamente perto da sala de espera.

Quando entraram as duas, a senhora, com um ar cada vez mais aflito, vira-se para a técnica e, timidamente, pergunta:

"Desculpe.. o que é que se passa comigo? É alguma coisa grave? Hoje nem consegui dormir.."

E ouve a resposta:

"Ah.. não! Pensamos que pode ter osteoporose. Mas esteja descansada. Se calhar não é nada. Por isso é que quisemos repetir as análises!"

Aqui está um exemplo da relatividade total das coisas.

Até descobrir que se tem osteoporose pode ser um alívio.

A Pop Zé

Monday, August 02, 2004

WC Femininos

As casas de banho públicas das mulheres são sítios estranhos. Para vocês mulheres que me lêem tenho a certeza que me compreendem.

Os WC públicos [alguém me diz o que significa WC?] são palco dos maiores acontecimentos.

A primeira regra, e bem conhecida de todos vós, é que as mulheres NUNCA vão à casa de banho sozinhas. Bom, tendo companhia o natural é haver conversa. As conversas de casa de banho são sempre interessantes. A última tinta de cabelo experimentada, o último corte de cabelo, a colega de trabalho que comprou uns sapatos novos horríveis, os últimos saldos na Zara, os quilos que se ganharam no fim de semana no parque de campismo na Costa da Caparica.. É essencial que a conversa continue mesmo quando as mulheres se encontrem dentro das cabines. Permitindo assim que todas as outras, que esperam que as anteriores acabem o serviço, possam ouvir a conversa. Isto dá azo à formação de novos conhecimentos. É que os assuntos mencionados são transversais a todas as mulheres, o que faz com que muito facilmente se façam as chamadas "amigas de casa de banho". Mulheres que se conhecem enquanto esperam na fila para o xixi e metem conversa com outras que esperam pelo mesmo. Os pontos de contacto são impressionantes!

Outra regra a cumprir é nunca sair do dito local sem lavar as mãos, retocar a maquilhagem, pentear o cabelo, arranjar a roupa e colocar perfume. Há até casas de banho que têm escovas de dentes descartáveis em máquinas idênticas às de venda de preservativos. Normalmente o ritual processa-se por essa ordem. O lavar das mãos segue-se da secagem das mãos, com papel ou ar quente. O retocar da maquilhagem pode implicar uma nova lavagem de mãos. O retocar da maquilhagem implica sempre a comparação com o estojo de maquilhagem da amiga ou da "amiga de casa de banho", sendo que poderá haver troca de produtos. O eyeliner e o gloss são os mais requisitados. O pentear do cabelo é relativamente simples, excepto quando implica nova aplicação de gel ou espuma. Arranjar a roupa é crucial. Deve-se sempre verificar se o soutien está bem escondido pelo top, se a saia está virada no sítio certo e se as cuecas fio dental não estão por cima da linha da cintura da saia. Os sapatos devem estar impecavelmente limpos e apertados no furo certo, quando têm fivela no tornozelo. A bijuteria é ainda mais importante. Deve-se confirmar a segurança dos brincos, virar os anéis e as pulseiras para o sítio certo. Aproveitar para experimentar os acessórios debaixo de uma luz diferente, podendo ser preciso uma nova afectação dos mesmos. Tirar uma pulseira ou mudar um anel de dedo pode fazer toda a diferença. Esta sequência deverá terminar com a aplicação, abundante, de perfume.

Antes de sair do WC, as amigas devem olhar umas para as outras e dar o seu aval relativamente às parceiras. devem ainda confirmar se estão melhor vestidas que elas e que as "amigas de casa de banho". Este último juízo de valor não deverá ser verbalizado. Impõe-se uma última olhadela ao espelho e uma voltinha sobre si mesmas.

Depois de as amigas saírem, é muito provável que as "amigas de casa de banho" crtitiquem as que já sairam. Também é comum que os comentários das amigas, já fora do WC, sejam negativos e sobre as "amigas de casa de banho" que continuam dentro do dito local.

Compreendem agora que é obrigatório que as malas das mulheres estejam sempre de tralha e que as filas dos WC femininos sejam sempre o triplo das filas dos Wc masculinos?

Espero ter ajudado à clarificação de assunto tão actual.

A Pop Zé